FICHA COMPLETA SOBRE PARICÁ


TAXONOMIA, BIOLOGIA E FENOLOGIA:

De acordo com o Sistema de Classificação de Cronquist, a posição taxonômica de Schizolobium amazonicum obedece à seguinte hierarquia:

Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledonae)
Ordem: Fabales
Família: Caesalpiniaceae (Leguminosae: Caesalpinioideae)
Gênero: Schizolobium
Espécie:  Schizolobium parahyba var. amazonicum
Nomes vulgares por Unidades da Federação:
Acre: canafista, canafístula e fava-canafístula.
Distrito Federal: guapuruvu-da-amazônia.
Mato Grosso: paricá-da-amazônia, paricá-da-terra-firme e pinho-cuiabano.
Pará: faveira, paricá e paricá-grande.
Rondônia: bandarra.
Nomes vulgares no exterior: Bolívia, cerebó; na Colômbia, tambor; na Costa Rica, gavilán; no Equador, pachaco; no México, palo de judío e palo de picho, e no Peru, pashaco.
Etimologia: o nome genérico Schizolobium significa legume partido; o epíteto específico amazonicum é porque o material typo foi coletado na Amazônia brasileira.
Vetor de polinização: essencialmente abelhas e insetos pequenos;
Floração: maio a junho no Mato Grosso, junho a julho no Pará.
Frutificação: agosto a setembro em Rondônia, agosto a outubro no Pará.

SEMENTES:

Colheita e beneficiamento:  o fruto deve ser coletado quando adquire uma cor café-claro e no início da deiscência.
Número de sementes por quilo: 980 a 1.400 (TRIVINODIAZ et al., 1990).
Longevidade e armazenamento: a semente dessa espécie tem comportamento ortodoxo com relação ao armazenamento. Possui exocarpo resistente e impermeável, podendo ser estocada por um período de até dois anos, sem que seu poder germinativo seja afetado.

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO:

A paricá vem sendo plantada comercialmente em áreas de terra firme, em torno de 20.000 ha, no Acre, em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. Em Mato Grosso, o plantio dessa espécie teve seu incremento na década de 1990, e concentrou-se na região norte, sendo sua madeira utilizada pelas indústrias de compensados (RONDON, 2002). Nos projetos de reposição florestal, no Estado do Pará, registrados no Ibama de 1976 a 1996, o paricá foi a espécie mais utilizada na reposição, sendo plantada por 38 % das empresas (GALEÃO et al., 2003). 
Com rápido crescimento, apresenta incrementos em altura e diâmetro capazes de possibilitar sua exploração já aos 15 anos de idade (SANTOS et al., 2000). Árvores com 18 meses de idade apresentaram 4 m de altura e 10 cm de DAP. De crescimento ainda mais rápido que o morototó (Schefflera morototoni). Rondon (2000), avaliando 30 espécies florestais com 54 meses de idade, constatou que essa espécie destacou-se em crescimento e em forma de plantio.
Paricá se desenvolve bem em regiões tropiciais como nos estados da Amazônia Legal, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
 
PRODUTOS E UTILIZAÇÕES

Energia: produz lenha de qualidade razoável.
a madeira do paricá é leve a moderadamente densa (0,30 g.cm-3 a 0,62 g.cm-3) (PAULA, 1980; RODRIGUEZ ROJAS & SIBILLE MARTINA, 1996).

Madeira serrada e roliça: compensados, brinquedos, caixotaria leve, portas e parquete. No Pará, são produzidas chapas de compensados de alta qualidade e uniformidade, que são exportados principalmente para os Estados Unidos, conquistando a preferência dos importadores.
Medicinal: Na Região de Barcarena, Pará, o chá da casca do tronco batida é recomendada para curar a diarréia (AMOROZO, 1997), sendo usada também contra disenteria e hemorragia uterina (BERG, 1982).

Plantios em recuperação e restauração ambiental: recomendada para recuperação de ambientes ripários não sujeito a a inundação.
Celulose e papel: paricá é uma espécie promissora para a produção de pasta para celulose, destacando-se seu fácil branqueamento e as excelentes resistências obtidas com o papel branqueado (PEREIRA et al., 1982). Apresenta alto teor de lignina (34,70 %), mas pode ser facilmente deslignificada.

FONTE: EMBRAPA e AMATA

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